A gente cresce na relação com o outro.

A gente cresce na relação com o outro.

quinta-feira, dezembro 13, 2012

O idioma da saúde

Encontrei esse texto na internet e achei ele muito bom! Boa leitura! Em 1948, ano em que foi criada, a Organização Mundial de Saúde (OMS) formulou um conceito de saúde que até hoje é objeto de discussão: "Saúde é o mais completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de enfermidade". Qualquer profissional da área – não, qualquer pessoa de bom senso – assinaria embaixo. Qual, então, o motivo da controvérsia? Resposta: a excessiva abrangência do conceito, que o torna pouco prático, pouco operacional. Serviria antes como definição de felicidade, dizem os céticos. Não sem alguma razão. Doença é uma coisa relativamente fácil de definir: há critérios diagnósticos para um grande número de enfermidades, estabelecidos pela própria OMS e freqüentemente apoiados em parâmetros numéricos, como temperatura corporal, medida de tensão arterial, dosagens sanguíneas. Agora: que exame de sangue nos revela o grau de bem-estar? Trata-se de uma avaliação inevitavelmente subjetiva. Nelson Rodrigues falava com desprezo dos "idiotas da objetividade", mas ao fim e ao cabo são estes que fornecem os elementos para o processo decisório. Não por outra razão a saúde pública recorre a indicadores numéricos para o planejamento e a avaliação de suas atividades. Paradoxalmente, esses indicadores referem-se à mortalidade – mortalidade infantil, mortalidade materna, mortalidade por causas específicas – ou à morbidade, isto é, doenças. Só raramente tratam da saúde propriamente dita. Há outro aspecto. A doença fala: ela nos faz gemer, gritar. A doença tem voz, a voz de uma experiência física – e existencial – intensa, motivo pelo qual serviu, e serve, de tema para escritores: a tuberculose em A Montanha Mágica, de Thomas Mann, a afasia em De Profundis: Valsa Lenta, de José Cardoso Pires, a depressão em A Escuridão Visível, de William Styron, a Aids em Ao Amigo que Não Me Salvou a Vida, de Hervé Guibert, são apenas alguns exemplos. Raymond Carver, enfermo, conseguiu mesmo antecipar a morte – em uma dilacerante mensagem a seus amigos: "I'll be wired every whichway/ in a hospital bed./ Tubes running into/ my nose. But try not to be scared of me, friends./ I'm telling you right now that this is okay". ("Estarei com fios por todos os lados/ em um leito de hospital./ Tubos entrando/ em minhas narinas. Mas tentem não se assustar, amigos./ Digo-lhes, neste instante, que está tudo bem.") Agora: ninguém escreveu um romance sobre um personagem cujo característico maior é ser sadio. Há um silêncio literário a respeito, contrapartida ao silêncio dos órgãos – uma das definições que já foram dadas à saúde. Teoricamente, a higidez não tem voz. Para muitas pessoas estar sadio é simplesmente, e ao contrário do que pretende a OMS, não estar doente. Mas será que isso é suficiente? Para falar de saúde, precisamos aprender o idioma da saúde. Não é fácil. A própria palavra "saúde", que usamos sobretudo para alguém que espirra, soa prosaica, convencional, babaca até. "É o mais tolo vocábulo em nosso idioma", disse, com desprezo, o iconoclasta Oscar Wilde. Mudar o jeito que falamos de saúde significa mudar o nosso estilo de vida. No começo, lutamos contra a inércia. Mas então vem aquilo que poderíamos chamar de "salto de qualidade" e passamos a um novo patamar de nossa existência. Passamos a dialogar com nosso corpo e, para nossa surpresa, descobrimos que esse é um diálogo gratificante. Sabem-no bem as pessoas que embarcam em um programa de exercício. A sensação de bem-estar que se tem depois é algo. São as endorfinas? Bem, então são as endorfinas. Se o corpo se expressa através delas, tudo bem. Às vezes a voz da saúde é a voz do corpo grato. Ex-fumantes falam da sensação de bem-estar que acompanha o abandono do tabaco: melhora o apetite, melhora a capacidade física. Igualmente gratificante é a adoção de uma dieta saudável. Como é que a gente aprende o idioma da saúde? Esse é um processo que compreende cinco etapas. A primeira é a da informação: ficamos sabendo, por exemplo, que o tabaco causa câncer de pulmão. Informação hoje não falta, mas ela não é suficiente; pode ser neutralizada por um processo chamado dissonância cognitiva, pelo qual negamos aquilo que contraria o que estamos fazendo: não, o fumo não é tão ruim assim, conheço fumantes que chegaram aos 90 anos (um mecanismo de defesa que a indústria do tabaco reforça à exaustão). Admitida a informação, é preciso adotar uma atitude positiva, a disposição de mudar – e, em seguida, colocá-la na prática: saúde é comportamento. Mas esse comportamento não pode ser esporádico – o frenético esportista de fim de semana –, ele precisa transformar-se em hábito. E esse hábito, finalmente, deve ser incorporado pela comunidade, quando então estará constituída uma cultura da saúde, situação ideal. É o momento em que a comunidade dialoga com a pessoa e a pessoa dialoga com seu corpo – no idioma da saúde. Podemos até chamar a isso de felicidade, tanto faz. Nessa fase, à qual um dia chegaremos, a vida será mais importante que os conceitos. MOACYR SCLIAR é médico e escritor, autor de A Paixão Transformada: História da Medicina na Literatura

sexta-feira, outubro 12, 2012

Decreto nº 7508/2011

Esse vídeo explica de forma bastante clara o que é o Decreto 7.508/2011 que regulamento a principal lei da saúde pública brasileira, Lei 8080/90.

Vale a pena assistir!

OBS: Piraí é minha cidade natal!!  Que orgulho de vê-la aqui! rs





Jéssica Calderon.
Psicóloga e Psicogeriatra.
Atendimento em Consultório (Copacabana) e em domicílio.
CRP: 05/39344

domingo, outubro 07, 2012

Conceitos e Ferramentas da Epidemiologia - Conceitos de Epidemiologia

Estudando para concursos na área de Saúde.
O QUE É ESSA TAL EPIDEMIOLOGIA? - parte I





Jéssica Calderon.
Psicóloga e Psicogeriatra.
CRP: 05/39344.

Conceitos e Ferramentas da Epidemiologia - Indicadores de Saúde

Estudando para concursos na área de Saúde.
O QUE ESSA TAL EPIDEMIOLOGIA? - parte II





Jéssica Calderon.
Psicóloga e Psicogeriatra.
CRP: 05/39344

CORDEL Humaniza SUS

Estudando para concurso na área de Saúde.
HUMANIZA SUS.

Esse vídeo é muito bacana.
Através de uma canção divertida e super curtinha podemos aprender vários conceitos que constituem a ideia da Política de Humanização em Saúde. Tais como: participação popular, atendimento por classificação de risco, mecanismos de avaliação (ex: ouvidoria), entre outros. Vale a pena assistir!





Jéssica Calderon.
Psicóloga e Psicogeriatra.
CRP: 05/39344

Pacto pela Vida, em Defesa do SUS e da Gestão

Estudando para concursos na área da Saúde.
PACTOS PELA VIDA, EM DEFESA DO SUS E DE GESTÃO.





Jéssica Calderon.
Psicóloga e Psicogeriatra.
CRP: 05/39344


terça-feira, outubro 02, 2012

PPI Programação Pactuada e Integrada

Material de apoio ao estudo do SUS.


Este vídeo (disponível também no youtube), explica de uma forma lúdica o que é PPI (Programação Pactuada Integrada) e comenta também sobre a Comissão Intergestores Bipartite).




segunda-feira, setembro 24, 2012

Políticas de Saúde no Brasil

Vídeo para ajudar aqueles que estão estudando Políticas de Saúde no Brasil. É uma dica bem útil para quem estuda para concursos públicos na área de saúde. No youtube encontramos vários vídeos sobre temas interessantes que caem com recorrência nas provas. É uma forma alternativa e gostosa de estudar!!

terça-feira, agosto 28, 2012

Dois palavrões

Tempo e Espera. Que me perdoem os apaixonados por clichês Mas eu discordo de lugares comuns, como "O tempo é o senhor da razão." e "Quem espera sempre alcança." Porque o Tempo, quando se trata de coisas boas, passa rápido demais Mas se precisamos que ele se adiante, ele insiste em procrastinar. A Espera, por sua vez, pode ser uma tortura sem fim Um eterno prolongamento de dor e angústia. Quanto a mim, não, não gosto do Tempo, muito menos da Espera. Quero que essa combinação terrível se afaste de mim bem agora E encontre um caminho bem diferente do meu itinerário. Jéssica Calderon.

domingo, maio 20, 2012

A SOMBRA...

Estudando Jung chegamos ao conceito de arquétipos. Arquétipos são conteúdos universais, que não provém da nossa experiência pessoal, mas originam-se da experiência de nossos antepassados e estão impregnadas em nós - isso tem a ver com algo que Jung chama de filogenética. Os arquétipos são estruturas psíquicas, são imagens primordiais, que constituem nosso inconsciente coletivo (conceito mais genial de Jung; totalmente diferente do conceito de inconsciente freudiano). Jung não vai negar o inconsciente freudiano - lugar que habita nossas memórias esquecidas ou reprimidas, provindas da nossa experiência pessoal. Esse inconsciente de que tratou Freud, Jung vai chamar de "inconsciente pessoal". Mas ele vai além. Ele cria uma nova ideia - o inconsciente coletivo. O inconsciente coletivo corresponde às memórias de nossos antepassados e que influenciam nossa personalidade, nossa forma de ser e estar no mundo. Voltando aos arquétipos... Os principais arquétipos são: ego, persona, sombra, anima, animus e o self. Hoje vamos falar da SOMBRA. A sombra é nosso lado animalesco, instintivo, se opõe à persona (nossa máscara social, aquilo que mostramos para as pessoas). A sombra é o que escondemos!! Não queremos ver. É o centro do inconsciente pessoal. Por ser algo que eu evito, tendo a projetá-lo nos outros. Porém, a sombra não é de toda má.. ela é fonte de criatividade!! Preste atenção em si mesmo! O perigo da sombra é não ser, minimamente, conhecida. Procure ver o que você anda projetando por aí. Tente entender um pouquinho de suas próprias criações no mundo. Conhece-te a ti mesmo! PS: Essa é apenas a minha descrição de uma parte ínfima da teoria junguiana. Lógico.. Estou me propondo a compartilhar um pouquinho das últimas coisas que tenho lido, como "pílulas de conhecimento". Para maiores interessados, procure a obra do autor! Bjos e bom domingo! Jéssica Calderon Psicóloga e Psicogeriatra.

sexta-feira, maio 18, 2012

INVEJA por Melanie Klein..

O sujeito inveja o objeto por algo que ele possui ou por uma qualidade. Busca-se ser tão bom quanto o objeto. Isto quer dizer que esta emoção se aproxima muito do amor e da admiração, mas se a busca é sentida como inatingível ou impossível, passa-se então a danificar a bondade do objeto para remover a fonte de sentimentos invejosos e desagradáveis.